O marketing de influência deixou de ser uma tendência passageira para se consolidar como uma das mais poderosas estratégias de marketing no mercado da maquiagem. Em vez de apenas divulgar produtos de terceiros, muitas influenciadoras decidiram ocupar outro espaço: o de fundadoras de marcas próprias. Essa mudança é mais que uma transição de carreira, mas também uma transformação na forma de consumo e na maneira como as marcas são geridas.
De acordo com um levantamento da Nielsen com a plataforma GRIN, quem investe em creators consegue um ROI 11 vezes maior do que estratégias tradicionais. Com números tão expressivos, não é surpresa que influenciadoras com milhões de seguidores estejam transformando influência em capital — financeiro e simbólico — para empreender.

Da Resenha ao Lançamento: a Jornada da Influencer-Ceo de maquiagem
O percurso geralmente começa com resenhas sinceras, tutoriais e testes de produtos. Aos poucos, o público identifica essas criadoras como referência, conferindo autoridade e credibilidade. Quando uma influenciadora decide lançar sua própria marca de maquiagem, ela já possui uma comunidade engajada, dados comportamentais do público e uma base sólida para testes e feedbacks — algo que empresas tradicionais gastariam anos (e milhões) para construir.
Um bom exemplo é a empresária Bianca Andrade, a Boca Rosa. Ela já tinha mais de 10 anos de presença digital quando lançou sua marca de maquiagem em parceria com uma empresa do setor. Em cinco meses, o projeto gerou mais de R$ 120 milhões, mostrando como a influência pode se converter em negócios altamente lucrativos.

O que torna o marketing de influência tão eficaz nesse mercado é sua capacidade de unir narrativa pessoal e estratégia. O público não está apenas comprando uma sombra ou batom — está comprando o lifestyle, a história e a autenticidade de quem o criou. Para estudantes e profissionais de comunicação, especialmente publicitários, entender esse movimento é essencial para acompanhar a evolução do consumo e das relações de marca no ambiente digital.
Além disso, a verticalização do negócio (quando a influenciadora participa ativamente do branding, da fórmula e até da distribuição) desafia antigos modelos de marketing e cria uma nova lógica de valor, centrada em comunidades, autenticidade e conexão direta.
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