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Marcas priorizam comunidades no marketing de influência: uma mudança estratégica

Marcas priorizam comunidades no marketing de influência — e essa é uma das tendências mais relevantes para 2025. Após anos investindo em grandes celebridades da internet, muitas empresas estão mudando o foco. Agora, ao invés de apostar exclusivamente em grandes influenciadores, as marcas querem se conectar com públicos reais, engajados e fiéis.

Essa mudança vem em resposta direta à chamada “fadiga do influenciador”, fenômeno que atingiu seu ápice com movimentos como o #Blockout2024, em que consumidores passaram a questionar a ostentação de criadores durante tempos de crise e instabilidade social.

Fim da era dos grandes influenciadores?

Nos últimos anos, vimos marcas investirem somas milionárias em criadores com milhões de seguidores. No entanto, em muitos casos, o resultado foi uma desconexão entre as campanhas e a realidade do público. Por isso, o subconsumo surge como resposta: consumidores rejeitam o excesso e buscam autenticidade. Assim, microinfluenciadores e até clientes reais começam a ganhar espaço nas ações de marketing. Um exemplo claro vem da Tarte Cosmetics, que em vez de convidar apenas celebridades para suas viagens promocionais, passou a incluir clientes fiéis. Isso gerou conversas mais genuínas e reforçou o vínculo emocional com a comunidade.

O criador como extensão da comunidade

No Brasil, a marca de acessórios Alexandre Pavão é um ótimo exemplo de como a força de uma comunidade pode impulsionar o crescimento de forma orgânica. Além de investir em produtos autorais, a marca cultiva um relacionamento próximo com seu público — o que se reflete nos números. Com quase 200 mil seguidores no Instagram e mais de 25 milhões de visualizações da hashtag #AlexandrePavao no TikTok, fica evidente o impacto de uma base engajada. Consequentemente, os produtos esgotam em poucas horas e versões limitadas chegam a alcançar valores elevados no mercado de revenda. Por isso, a marca passou a ser desejada por consumidores e criadores de conteúdo, mesmo sem grandes campanhas pagas. Dessa forma, vemos que, mais do que promover, a comunidade participa ativamente da construção da identidade da marca.

Não por acaso, a Alexandre Pavão tornou-se um case entre as etiquetas nacionais que entenderam que o poder do influenciador não está mais apenas nos números, mas, sim, no vínculo genuíno com sua audiência.

Carrossel do perfil da Rafaela Lamastra, criadora de conteúdo.

Influência com propósito: conexão em primeiro lugar

O novo marketing de influência foca em criar diálogos sinceros, ouvir o público e construir reputações com consistência. A lógica agora é: menos alcance massivo e mais impacto real.

Marcas como Natura, no Brasil, já trabalham com comunidades regionais há tempos. Seus programas com consultoras e iniciativas como o Crer Para Ver mostram como o modelo de influência baseada em propósito funciona na prática — e com resultados sólidos.

Como aplicar essa tendência na sua estratégia?

Para marcas e profissionais que atuam no marketing de influência, fica o alerta:
– Considere clientes reais como criadores de valor
– Foque em comunidades nichadas e crie conexões verdadeiras
– Busque embaixadores fiéis, não apenas nomes populares
– Promova a escuta ativa e a co-criação com o público

Conclusão: comunidades são o futuro da influência

Marcas que priorizam comunidades no marketing de influência estão dando um passo importante rumo à relevância e à sustentabilidade das suas estratégias. Em vez de números vazios, elas apostam em relações sólidas, baseadas em confiança e representatividade. E você, já pensou em como sua marca pode se aproximar de verdade de quem importa?

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