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Design funcional e marketing: o case da Eisenbahn

Design que provoca e resolve

Design que provoca e resolve

Hoje, o marketing do excesso domina o mercado com exageros visuais e mensagens que disputam a atenção a todo custo. No entanto, algumas marcas estão indo além da estética. Um exemplo claro disso é a Eisenbahn, que surpreendeu ao lançar uma embalagem de cerveja invertida. A ideia, à primeira vista curiosa, tinha uma função essencial: orientar o consumidor a agitar o líquido antes de beber, melhorando a experiência.

O problema estava no fundo

Antes dessa solução, a Eisenbahn enfrentava uma queixa recorrente. Consumidores reclamavam do gosto da cerveja de trigo, alegando um sabor metálico ou estranho. Isso acontecia porque a levedura natural da bebida se depositava no fundo da garrafa e não era misturada antes do consumo. Embora a marca incluísse essa orientação no rótulo, a verdade é que quase ninguém lia. Assim, a informação se perdia. Portanto, era necessário comunicar de outro jeito.

O exagero funcional como solução

Foi aí que o marketing do excesso entrou como ferramenta de solução. A marca transformou a orientação técnica em um gesto visual simples: colocar a cerveja de cabeça para baixo. A embalagem foi redesenhada com o rótulo principal virado ao contrário. Assim, ao ver a garrafa, o consumidor entendia de forma intuitiva que algo estava diferente e girava o líquido antes de abrir. O exagero funcional, nesse caso, ensinava sem dizer uma palavra.

Design que fala com o consumidor

Essa embalagem invertida foi mais do que um recurso gráfico. Ela se tornou uma extensão do serviço ao consumidor, resolvendo uma dor real de forma visual. Ao aplicar o marketing do excesso com propósito, a Eisenbahn mostrou que exagerar pode ser útil quando resolve e melhora a experiência do público.

Quando o excesso se transforma em diferencial

Enquanto muitas marcas usam o marketing do excesso para brilhar, poucas o usam para ensinar. A Eisenbahn fez isso com inteligência. Ela mostrou que um bom design funcional pode educar, atrair e fidelizar. E quando o exagero carrega sentido, ele deixa de ser ruído e vira solução.


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