Como Marcas Usam o Som para Vender?
A publicidade na música evoluiu muito além dos jingles tradicionais. Hoje, marcas de diversos setores investem em colaborações com artistas, trilhas exclusivas e estratégias digitais para criar campanhas que realmente conectam com o público.
Essa combinação entre som, imagem e emoção gera resultados concretos. Em muitos casos, a música é o elemento que faz uma campanha viralizar ou se tornar memorável.

Spotify e a personalização de anúncios musicais
Uma das grandes inovações nos últimos anos foi o uso da plataforma Spotify como espaço publicitário. Com sua base de dados comportamentais, o Spotify permite que empresas criem anúncios em áudio personalizados, direcionados a gostos musicais específicos.
Um exemplo real é a campanha da Heineken durante o Rock in Rio 2022. A marca criou playlists temáticas e anúncios em áudio voltados para fãs de estilos como rock, pop e eletrônico. Dessa forma, a publicidade na música foi usada de forma inteligente, segmentada e relevante para o ouvinte.
TikTok e o impacto imediato das músicas de campanha
O TikTok revolucionou a forma como músicas ganham popularidade — e as marcas perceberam isso rapidamente. Em 2023, a Renner lançou uma campanha de verão com a cantora IZA. A música original criada para a ação viralizou e impulsionou não só as vendas, mas também o engajamento com a marca.
A hashtag #VerãoRenner ficou entre as mais acessadas da época, e vídeos com a música acumulavam milhões de visualizações. Portanto, a publicidade na música mostrou mais uma vez sua força como estratégia digital.
Marcas internacionais também apostam na música
A Apple, por exemplo, é conhecida por usar trilhas sonoras envolventes em seus comerciais. Cada novo lançamento de iPhone ou Mac vem acompanhado de uma música cuidadosamente escolhida — muitas vezes ajudando artistas desconhecidos a alcançarem fama global.
Em 2022, a campanha “Start Up” do MacBook Air utilizou a faixa “Big Ideas” da artista Sampha, o que aumentou o número de buscas e streams da música em mais de 200% na primeira semana. Assim, publicidade e música se complementaram em um ciclo virtuoso.
Trilhas e identidade sonora: o branding musical e as marcas
Outro aspecto importante da publicidade na música é a criação de uma identidade sonora. Marcas como Intel, com seu famoso “bip” de encerramento, ou a Netflix, com o “ta-dum” ao iniciar os conteúdos, mostram como o som pode se tornar parte da marca.
No Brasil, o Banco do Brasil tem usado trilhas com artistas regionais em suas campanhas voltadas para jovens. Isso reforça tanto a identidade da instituição quanto seu compromisso com a cultura local.
Por que a publicidade na música é tão eficaz?
Primeiramente, porque a música tem um forte apelo emocional. Ela ativa áreas do cérebro relacionadas à memória e à recompensa. Consequentemente, associar uma marca a uma trilha impactante pode aumentar o reconhecimento e a preferência por ela.
Além disso, campanhas musicais tendem a gerar alto engajamento em redes sociais. Afinal, músicas são facilmente compartilhadas, cantadas e transformadas em tendência.
Conclusão: investir em som é investir em emoção
Por fim, fica claro que a publicidade na música não é apenas uma alternativa criativa. Ela é uma estratégia eficaz, mensurável e com alto potencial de retorno. Empresas que conseguem unir música, branding e emoção em suas campanhas constroem conexões profundas com seus públicos
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