Na última segunda-feira (5/5), aconteceu o Met Gala 2025. Neste ano, o evento trouxe o tema “Superfine: Tailoring Black Style”, inspirado no livro Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity, da autora Monica L. Miller. Com isso, a proposta destacou a elegância da moda negra, com foco na alfaiataria masculina — um território pouco explorado desde 2003, quando o baile apresentou o tema Bravehearts: Men In Skirts.
Muito mais do que um evento de tapete vermelho, o Met Gala trata-se de uma noite beneficente anual realizada no Metropolitan Museum of Art (MET), em Nova York, que se tornou uma das ocasiões mais exclusivas e influentes da moda global.
Criado em 1948, o baile tem como objetivo arrecadar fundos para o Costume Institute, que preserva e estuda a história da moda. Ao longo dos anos, o evento evoluiu e passou a ser também um espetáculo de moda, arte e cultura pop, reunindo estilistas e celebridades que desfilam looks que contam histórias.
Met Gala de 2025
O dress code de 2025, intitulado “Tailored for you” (“Feito sob medida para você”), fugiu das regras rígidas tradicionais e incentivou a liberdade de interpretação criativa. Segundo a organização do evento, o código foi “propositalmente elaborado para fornecer orientação e convidar à interpretação criativa”.
O resultado? Um desfile de trajes que funcionaram como verdadeiras ferramentas de storytelling. Trazendo à tona narrativas pessoais, críticas sociais, celebrações culturais e homenagens históricas.
A influência da mídia: do look à pauta global
A mídia desempenha um papel essencial na construção e expansão do Met Gala. Redes sociais, portais de notícia e transmissões ao vivo cobrem cada detalhe do evento em tempo real, transformando cada look em pauta global. O impacto é imediato: surgem análises, memes, vídeos virais e debates estéticos que reforçam o papel do Met como um evento cultural e midiático de peso.
Esse poder de exposição também potencializa o reconhecimento das marcas envolvidas. O tapete vermelho se transforma em uma vitrine estratégica de branding e influência, com o evento frequentemente se tornando trending topic mundial. Mesmo marcas que não participam oficialmente do evento aproveitam a visibilidade para se inserir na conversa cultural por meio de editoriais, posts estratégicos e colaborações com influenciadores.
Em 2024, por exemplo, o look de Zendaya, assinado pela Maison Margiela e desenvolvido por John Galliano, gerou milhões de interações nas redes sociais. O vestido contava uma história surrealista, misturando elementos barrocos com toques futuristas. Um exemplo de como a moda no Met Gala vai além da estética e se torna performance visual carregada de significado.
Outro momento inesquecível foi o de Billy Porter em 2019. Carregado em uma liteira e vestido como uma divindade egípcia, ele fez sua entrada com uma performance pensada junto à marca The Blonds. Mais do que causar impacto, o look foi uma afirmação de poder e ancestralidade, trazendo à tona temas como identidade e visibilidade queer negra
Moda como narrativa, mídia como catalisadora
O Met Gala é um verdadeiro palco de branding emocional. Cada detalhe, do tecido ao penteado, é pensado estrategicamente para construir uma imagem que dialogue com o tema e com a identidade de quem veste. E a mídia, como grande catalisadora dessas narrativas, transforma o evento não apenas em uma celebração da moda, mas em uma poderosa ferramenta de comunicação e influência cultural.
E você, o que achou dos looks e das estratégias do Met Gala 2025?
Comente aqui embaixo e compartilhe qual foi sua interpretação favorita da noite!
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